CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS SOBRE A TRADUÇÃO
Friedrich (1992) afirma que a história da teoria da tradução começa com o Império Romano, quando a tradução significava incorporar o assunto da cultura estrangeira em uma cultura própria de uma língua sem prestar atenção às características lexicais ou estilísticas dos textos originais da língua-fonte (origem).
Se no Império Romano a apropriação de conteúdo parecia despertar maior interesse nos tradutores, durante o período da Renascença, estes exploravam como as estruturas lingüísticas de uma ou de outra língua poderiam enriquecer a sua própria. Dessa forma, nesses dois períodos, a tradução era vista como uma exploração rigorosa da original para acentuar as dimensões estéticas e lingüísticas de sua própria língua. Então, tradutores e escritores, através de mudanças, no século XVIII, começaram a ver outras línguas como iguais e não como formas inferiores de expressão, em comparação com suas próprias línguas. Segundo alguns estudiosos, a profissão de tradutor e intérprete é bastante antiga na América. Chegou com Cristóvão Colombo, há 500 anos, e surgiu da necessidade de comunicação com os nativos das terras recém descobertas.
Como só havia intérpretes dos idiomas árabe e hebreu, Colombo trouxe alguns nativos para serem guias e futuros intérpretes. Assim, descobridores e conquistadores tiveram facilitada sua tarefa com o auxílio desses intérpretes, que eram chamados “línguas”. Esses línguas podiam atuar como intérpretes nos julgamentos, junto aos nativos e até nas “audiências reais”. Para exercer esta função, tinham que jurar que usariam sua profissão para o bem e com lealdade.
Apesar de não estarmos tratando, especificamente, da tradução feita por tradutores, e, sim, da tradução no ensino de línguas estrangeiras, no Brasil, o tradutor deve conhecer, em profundidade, a teoria da tradução que, através de seus aspectos técnicos, lhe permitirá um melhor desempenho na prática da tradução de textos variados, pertençam