Consequências da Modernidade - GIDDENS
Nesse contexto, podemos destacar três descontinuidades das instituições modernas que diferem a sociedade atual das tradicionais: o ritmo de mudança, que faz referência a fugacidade das modificações que ocorreram; o escopo da mudança que são as transformações ocorridas devido a interconexão do globo e a urbanização, sendo esta a natureza das instituições modernas.
Assim, a natureza da modernidade expressa por Giddens, é “[...] multidimensional no âmbito das instituições [...]” (GIDDENS, 1991, p. 17), ou seja, é caracterizada tanto pela teoria de Marx, que acreditava que a base da modernidade é o capitalismo, onde tudo, desde os bens materiais a força de trabalho humano, se tornavam bens de consumo como por Weber e Durkheim. Para este, a sociedade era industrialista e o capitalismo era apenas uma face desta industrialização; para aquele, a sociedade capitalista girava em torno da racionalização acerca da tecnologia que era o eixo das atividades humanas. Um dos adventos da sociedade moderna foi a criação do relógio e do calendário, e mais tarde, a padronização das horas e dos dias. Essas mudanças permitiram a uniformidade na organização social do tempo e gerou, por exemplo, a criação da jornada de trabalho. Esses inventos proporcionaram o distanciamento do espaço-tempo, assim, na modernidade, cria-se “[...] relações entre outros “ausentes”, localmente distantes de qualquer situação dada ou interação face a face [...]” (GIDDENS, 1991, p. 22) modificando a era pré-moderna, onde “[...] as