Consciência mitica
- Semelhanças entre os relatos dos mitos => curiosidade, desobediência e advento de uma castigo.
MITO
Leitura superficial => mito como uma maneira fantasiosa de explicar uma realidade que ainda não foi abarcada racionalmente. Preconceito comum = identificação com lendas ou fábulas (forma menor de explicação dos acontecimentos do mundo, que logo será superada pelas explicações mais racionais).
Leitura apurada => o mito não é exclusividade do primitivismo. Existe em todo tempo e cultura como forma de compreensão da realidade. Possui diversas conotações.
O MITO ENTRE OS PRIMITIVOS
Mito vivo => surge como “verdade intuída”, espontânea e sem comprovações. Baseado na crença e não na evidência racional. É uma intuição compreensiva da realidade (semelhante à das crianças).
Raízes do mito => realidade vivida pré-reflexiva das emoções e da afetividade. Fantasia, imaginação => antes de interpretar o mundo, o homem o deseja ou o teme, indo de encontro a ele ou ocultando-se dele. Desejo de dominar o mundo, afugentando a insegurança, os temores e a angústia diante do desconhecido e da morte.
Funções do mito:
• Acomodar e tranqüilizar o homem em relação ao mundo assustador (primordial).
• Explicar a realidade.
Primeiros modelos de construção do real => têm uma natureza sobrenatural => os deuses são criados e chamados para apaziguar a aflição do homem diante do que ele não consegue compreender e controlar. Nada é natural, tudo é sagrado.
Festas religiosas => há a ritualização do evento sagrado que aconteceu “no começo” (passado mítico).
Ritos => necessidade dos ritos para que os fatos possam se concretizar. Maneira mágica de agir sobre o mundo.
Consciência mítica => consciência comunitária = o homem não se percebe como sujeito propriamente dito. Não comanda a sua própria ação, sua experiência não se separa da experiência da comunidade, mas se faz por meio dela.
A consciência mítica é dogmática, ingênua, porque não critica. Aceita os mitos e