A Consciência Mítica

A CONSCIÊNCIA MÍTICA
Alguns filósofos costumam afirmar que a filosofia é grega e que ela nasceu no século VI a.C, entretanto antes dela havia pensamentos que ocupavam a mente das pessoas. Um desses pensamentos é o mito, o qual predomina nas sociedades tribais e que na Antiguidade também exerceu grande influência. Durante essa época, foram desenvolvidos vários relatos de mitos, entre eles: a explicação para a origem da noite pelos povos indígenas e a explicação para o surgimento dos males no mundo pelos gregos. Os dois relatos se assemelham, pois abordam a origem de algo e as consequências desse fato. No primeiro, por curiosidade os indígenas deixaram escapar antecipadamente a escuridão da noite, onde o veneno de pequenos bichos mataram muitos deles, e com isso aprenderam os cuidados que se dever ter à noite. No segundo, por uma questão também de curiosidade, Pandora, a primeira mulher, abriu uma caixa liberando os males do mundo, conseguindo reter apenas a esperança. Não só os povos tribais ou civilizações elaboram mitos, a concepção mítica perdura em todos os tempos e culturas, sendo uma maneira de compreender e sentir a realidade.
Frequentemente, muitas pessoas consideram o mito como um tipo de conhecimento inferior, por não explicar a realidade com base na razão. Entretanto, o mito não é lenda ou fantasia, e sim verdade, pois expressa os sentimentos e desejos das pessoas e como elas se aproximam ou se afastam de algo. Sendo assim, os relatos míticos são baseados no desejo humano de afugentar a insegurança, os temores e angústias diante do desconhecido, do perigo da morte, e por isso se sustentam na crença e na fé em forças superiores, atribuindo à construção mítica um modelo de natureza sobrenatural, ou seja, que busca a compreensão da realidade através dos deuses. Há vários tipos de mito, dentre eles merecem destaque:
- Mito Cosmogônico: Reflexo da preocupação do homem em relação às suas origens e da tentativa de ordenar e compreender, de um modo natural e