A consciência mitica
Mito do grego mythos significa palavra, o que se diz, narrativa. * Modo de consciência que predominava nas sociedades tribais e que nas civilizações da antiguidade ainda exerceu significativa influência; * Maneira fantasiosa de explicar a realidade; * Lendas, fabulas, crendices, um tipo inferior de conhecimento; * Predominante em culturas de tradição oral, quando não havia escrita; * Ele não desaparece com o tempo, nem quando é superado por explicações racionais.
Então o que é mito?
Como processo de compreensão da realidade, o mito não é lenda, pura fantasia, mas verdade. Sua verdade resulta de uma intuição compreensiva da realidade, e suas raízes se fundam na emoção e na afetividade. Então ele expressa o que desejamos ou tememos, como somos atraídos pelas coisas ou como delas nos afastamos. Ele também se utiliza do componente mistério, pois é um enigma a ser decifrado e expresso nosso espanto diante do mundo.
As estórias míticas se sustentam em crenças, fé, forças superiores que protegem ou ameaçam, que recompensam ou castigam. Os modelos de construção das estórias míticas são de natureza sobrenatural e passam pelo campo do sagrado, isto é a relação entre um ser humano e o divino.
Uma das características do mito é fixar modelos de personagens exemplares que passam por ritos e todas as atividades humanas significativas (segundo Mircea Eliade historiador romeno).
Ritos de passagens: nascimento, infância, idade adulta, casamento, morte.
Funções do mito: * A origem da agricultura * A fertilidade das mulheres * O caráter mágico das danças e desenhos
Na Psicologia:
Tanto Freud como Jung destacaram o caráter inconsciente do mito, como revelador de sonhos, da fantasia, dos desejos mais profundos do ser humano.
Freud analisou o famoso mito de Édipo e realçou o amor e o ódio inconscientes que envolvem a relação familiar.
Jung usa o mito para se referir ao inconsciente coletivo, isto é o substrato psíquico