Conjunto Habitacional Lidiane III
Localizado junto à alça de acesso da ponte Júlio de Mesquita Neto, zona norte de São Paulo, o conjunto habitacional do Jd. Lidiane encontra-se em meio a uma zona industrial, de difícil acesso e frequentes alagamentos.
O bairro, hoje em transformação, acomoda além das comunidades da favela, uma nova classe média e carece de espaços públicos, áreas de lazer e equipamentos públicos.
A favela é estruturada a partir de uma única via de acesso, caracterizado por seu vital comércio, frequentado inclusive pelos moradores do bairro.
Levando-se tais aspectos urbanísticos em conta e ainda considerando a rica dinâmica social da favela na qual o conjunto se insere, o projeto assume como ponto capital a criação de espaços públicos de qualidade, que extrapolam os limites do edifício e geram em seu entorno melhorias para toda a comunidade. Desta forma optou-se por criar uma grande praça central no miolo da gleba destinada ao empreendimento, equipada com quadra , bancos e equipamentos de ginástica, que organiza os edifícios em seu entorno e amplia as opções de lazer da região. No seu entorno, conformando uma espécie de loggia para a praça, foram posicionadas áreas comerciais, equipamentos públicos e de uso comunitário: um telecentro, um ponto de leitura e um salão para reuniões da associação de moradores. Em complemento a praça, no alinhamento da rua Sampaio Correia, foram previstas áreas comerciais no térreo e uma marquise desenhada para abrigar os pedestres que passarem por esta calçada.
Do ponto de vista da circulação viária e do acesso ao transporte públicos propôs-se a abertura de uma nova rua que se conecta à uma rua já existente, completando assim o circuito viário, oferecendo mais uma alternativa de acesso à toda favela, conectando-a ao bairro e permitindo a circulação de ônibus em seu interior.
As intervenções na favela que deverá permanecer orientam-se no principio de integração e de acessibilidade, buscando melhorar as condições de