PAS 1 Montada
ARTES VISUAIS
Figura I – Anônimo. O milagre dos pães e dos peixes. Mosaico na Basílica de Santo Apolinário, o Novo. Ravena, Itália, cerca de 520 d.C.
Figura II – Giotto di Stefano (Giottino).
Pietá. Têmpera sobre madeira. 195 cm ×134 cm, cerca de 1365.
Figura III – Giovanni Bellini e Ticiano. O banquete dos deuses. Óleo sobre tela.
170,2 cm ×188 cm, 1490-1576.
A partir do ano 311, quando o Imperador Constantino estabeleceu que a
Igreja Cristã era um poder no Estado, os lugares de culto a serem construídos não poderiam ser semelhantes aos templos pagãos e tampouco seus adornos semelhantes às estátuas que representavam os deuses da Antiguidade.
Às pinturas, que não ofereciam o risco de serem confundidas com as imagens pagãs, era atribuído ao final do século VI um outro papel, que, nas palavras do
Papa Gregório, o Grande, consistia em poder “fazer pelos analfabetos o que a escrita faz para os que sabem ler”. Apesar disso, em 745, nas regiões orientais do Império Romano, toda a arte figurativa religiosa foi proibida e, mais tarde, somente as pinturas que respeitavam certos modos permitidos de representar o
Cristo ou a Virgem eram aceitas como verdadeiras imagens sacras ou ícones. A
Figura IV – Leonardo da Vinci. A última ceia. Afresco no Refeitório do Mosteiro de partir do século XV, o artista deixa de ser um artífice entre artífices para ter
Santa Maria delle Grazie. Milão, Itália, entre 1495 e 1498. autonomia e explorar os mistérios da natureza e sondar as leis secretas do universo. A exploração da natureza torna-se meio de adquirir conhecimentos sobre o mundo visível, já que as obras de arte, como hoje, eram freqüentemente julgadas pelos leigos de acordo com o grau de fidelidade ao mundo real. Entretanto, em decorrência do estudo das estátuas da Antiguidade, os artistas do século XVI abandonaram gradualmente os métodos de reprodução fiel da natureza e passaram a representar o que viam com um tipo idealizado de beleza