Conhecimentos
Marlene Soares Freire Germano1
Os cursos de graduação têm como um de seus objetivos desenvolverem nos estudantes o espírito científico e a prática de trabalhos técnicos. Entretanto, se os acadêmicos não adquirirem hábitos de estudos sistemáticos e eficientes através da utilização de métodos e técnicas adequadas, não conseguirão produzir intelectualmente.
Reconhecidamente, os maiores obstáculos do estudo e da aprendizagem, em ciências e em filosofia, estão relacionadas às dificuldades que os estudantes encontram para compreender os textos teóricos.
Salomon (1994, p.20-21), autoridade no assunto, expõe:
Imaginamos o iniciante no trabalho científico como aquele que, implicado num processo de autodesenvolvimento, vai paulatinamente se transformando: terá que ser antes estudioso para, em seguida, tornar-se trabalhador intelectual, pesquisador e, finalmente, autor. Essas fases, é claro, não se excluem nem cessam pela aparição ulterior: antes, se completam e se superpõem a partir de determinado momento de cada uma.
Compõem as técnicas de aprendizagem ou procedimentos didáticos ou, ainda, as formas de produzir conhecimentos – a leitura, o hábito de estudar, o exercício de resumir e analisar textos. Quem não domina as técnicas dessa atividade com competência e tranqüilidade, dificilmente conseguirá elaborar um trabalho científico.
A primeira atitude é se conscientizar de que só ter vontade é muito pouco, é necessário ter determinação, disciplina e ação organizada, pois segundo Santos (2002, p. 24) “sem o esforço de busca torna-se impossível a satisfação da conquista”.
Desse modo, a primeira etapa que o estudante precisa vencer para se tornar um estudioso é conhecer e utilizar procedimentos que facilitem seus estudos. Pesquisas vêm revelando e comprovando que o insucesso de muitos profissionais depois de formado advém da falta de leitura e de produção textual.
Para Severino (1994), o ensino superior