Conhecimento

1- Crise do conhecimento
Período compreendido entre 1453, com a queda do Império Romano do Ocidente (tomada de Constantinopla pelos turcos), até 1789, com a Revolução Francesa, a Idade Moderna é um período de transformações na cultura, religião, política e economia da Europa Medieval. Como a Idade Média havia sido (para os modernistas) um período obscuro da História (com limitação de pensamento e domínio intelectual da Igreja), a Idade Moderna veio para suprir essa lacuna, principalmente no campo cultural.

Pode-se dizer que a Modernidade nasceu sob a luz da razão, exigindo a submissão dos indivíduos aos princípios por ela defendidos. Buscou a defesa da liberdade humana, a construção de novas ciências, a re-orientação dos conhecimentos, porém embasada na racionalidade. Pois, mesmo com inúmeras discussões entre pensadores da época, a razão era vista com fonte natural dos conhecimentos.

A questão do conhecimento se impôs no cenário moderno a partir das incertezas presentes no século XVI em consequência do declínio do modo de vida feudal. Para isso contribuíram fatores como a retomada da vida urbana, o incremento do comércio como forma de produção de riqueza, a constituição dos Estados Modernos, as Grandes Navegações e a descoberta de novos povos, a invenção da imprensa, a Reforma (e a contra-reforma) religiosa e, por fim, o surgimento da física matemática. Enfim, a passagem do mundo medieval para o moderno foi marcada por um ambiente de crise no conhecimento, pois a visão de mundo medieval passou a ser contestada em várias áreas do conhecimento devido aos avanços nas áreas científicas, como a astronomia ( o modelo geocêntrico foi substituído pelo heliocêntrico), a medicina ( com a descoberta de novas formas de tratamento de doenças) e a geografia ( as descobertas realizadas pelas navegações). No campo religioso, a Igreja Católica perdeu forças e o Humanismo propõe o homem como centro de preocupações e indagações dos pensadores, levando a substituição do