Conhecimento, ética, virtude e justiça
SOCRATES Para Sócrates toda virtude é conhecimento. Daí a importância de reconhecer que a maior luta humana deve ser pela educação e que a maior das virtudes é a de saber que nada se sabe. A ética socrática reside no conhecimento e em vislumbrar na felicidade o fim da ação. Essa ética tem por objetivo preparar o homem para conhecer-se, tendo em vista que o conhecimento é a base do agir ético. Para Sócrates as pessoas deveriam concentrar os seus esforços em serem virtuosos, ou seja, buscando o desenvolvimento da sua razão e do seu conhecimento e não buscando riquezas materiais que geralmente desviam o homem do caminho da virtude. A virtude é o bem mais precioso que a pessoa pode ter. Para Sócrates justiça era uma forma de organizar a sociedade, ele era grande cumpridor da lei, além de respeitá-la. Para ele pouco importa o caráter de justeza que as leis apresentavam, todos deveriam respeitar e segui-las, deixar o individual de lado em prol do coletivo.
ARISTÓTELES Por natureza, todos os homens desejam conhecimento. Uma indicação disso é o valor que damos aos sentidos; pois, além de sua utilidade, são valorizados por si mesmos e, acima de tudo, o da visão. Não apenas com vistas à ação, mas mesmo quando não se pretende ação alguma, preferimos a visão, em geral, a todos os outros sentidos. A razão disso é que a visão é de todos eles, o que mais nos ajuda a conhecer coisas, revelando muitas diferenças. É definida como uma busca da felicidade dentro do âmbito do ser humano se este homem se esforçar a atingir sua excelência, isto é, se tornar uma pessoa virtuosa.
Aristóteles fez a diferenciação entre virtudes intelectuais e virtudes éticas (ou morais), sendo que o estado ideal é a moderação, o que se encontra no meio do defeito e do excesso. (A virtude consiste na justa medida, longe dos dois extremos). Na concepção aristotélica a justiça é a lei, se você segue a lei está praticando a justiça, ou seja, o homem