etica

1. Platão
Para falarmos de Platão, temos que inicialmente fazer uma breve explanação sobre seu mestre Sócrates. Com Sócrates pela primeira vez o homem tornou-se o tema da reflexão filosófica, ele insistia na necessidade de restaurar a imagem do homem, que deveria “conhecer a si mesmo” e recuperar seu valor e dignidade moral. Esta é a base para uma polis justa. Logo, a ética nasce com os temas centrais do bem, da virtude, do valor da pessoa e da sociedade justa. Este discurso surgiu de um contexto sociopolítica em decadência vertiginosa, como o declínio do esplendor de Atenas, lutas políticas, até a instauração do regime oligárquico dos “trinta tiranos”. Em 399 Sócrates foi condenado à morte por causa de sua ideias filosóficas e isso influenciou profundamente seu discípulo. Platão, embora abalado, persistiu em seguir os ideais políticos do mestre, mas mudou a estratégia que agora consistia em seguir através da educação dos cidadãos. Toda a filosofia de Platão é um processo de educação para a justiça e pra um estado bem ordenado.
Platão colocou a temática de Sócrates em um cenário tão grandioso quanto o imaginoso e profundo, envolvendo o mundo dos deuses, dos homens e da sociedade política. Aristóteles trabalha a mesma temática de Platão, porém a coloca em uma moldura simples e concreta: "o mundo sublunar”. Platão teve que “inventar” o Mundo Superior para responder aos problemas que colocou. Aristóteles sistematizou as teses de Sócrates e Platão em um contexto do mundo que o homem realmente conhece a partir da experiência e do que os sentidos lhe mostraram.
Platão trata da justiça como fundamento do universo, uma deusa que dita as leis dos cosmos, da sociedade e do homem. Para Aristóteles a justiça é o vigor de todas as virtudes e de todo o sistema político, o centro da ética e da política, porém a ideia de justiça é muito simples e cabe em duas palavras; justiça é obediência a lei; justiça é a virtude da cidadania que comanda as relações justas e equitativas