Fundação de Petrópolis
2.1 A FAZENDA DO CÓRREGO SECO E A FUNDAÇÃO DE PETRÓPOLIS
Dom Pedro I sentia a necessidade de construir um palácio fora do Rio de Janeiro, pois recebia muitas visitas da Europa não habituadas ao calor tropical. Construir um palácio na fazenda do Padre Correia seria muito oportuno pelo excelente clima da região que agradaria aos visitantes estrangeiros. Consciente ou inconscientemente, incomodava também ao Imperador, residências muito mais luxuosas que os seus palácios, todos eles muito simples. Um palácio de verão serra acima poderia ser mais qualificado para a sua condição imperial. Além disso, sua filha a princesinha Da. Paula, que tinha sérios problemas de saúde vindo a falecer prematuramente aos dez anos, passou um verão na Fazenda do Padre Correia e se sentiu muito bem, repetindo a estadia muitas vezes. Em 1828, D. Pedro I, agora com sua segunda esposa D. Amélia, continuava a freqüentar a fazenda com Da Paula. A comitiva imperial nunca tinha menos de cinqüenta pessoas e Da. Amélia sentiu que visitas tão avantajadas estavam trazendo muitos problemas para Da. Arcângela, irmã e herdeira do padre. Pediu, então, a Dom Pedro que comprasse a Fazenda. O Imperador se entusiasmou com a idéia, mas Da. Arcângela, alegando questões familiares de herança, não concordou com a venda. Ela mesma, talvez querendo se ver livre das incômodas e freqüentes visitas reais indicou a Dom Pedro I uma fazenda vizinha que estava à venda, a do Córrego Seco, pertencente ao Sargento-Mór José Vieira Afonso. Assim