Conhecimento e Subjetividade
1
Ler é, sem dúvida, uma ótima atividade para a mente. O indivíduo precisa, no mínimo, se concentrar no momento da prática e exercitar a paciência. Escolher o conteúdo da leitura exige cuidado: deve-se observar o objetivo, a qualidade e a confiabilidade do que se pretende ler, tendo em vista a possível influência que este pode causar.
A leitura não deve ter o fim de adquirir conhecimento, mas talvez apenas estimular o raciocínio. Explica-se tal afirmação fazendo uma breve definição do conceito de conhecimento: “é o que o ser adquire por meios particulares, realizando suas próprias observações, análises e experiências. Ou seja, algo que brota do interior, pois como o dente cresce naturalmente da gengiva e fica ali preso com a utilidade principal de auxiliar na alimentação, o conhecimento também deve ser assim desenvolvido na mente.”
Dessa forma, todo conhecimento adquirido por meio de objetos exteriores ao corpo é como uma prótese dentária; algo com certa utilidade, mas totalmente artificial, sem qualquer comparação à arcada dentária original.
O conhecimento é o que é realmente entendido, não apenas algo decorado ou memorizado. Do mesmo modo que as plantas se enraízam na terra, o conhecimento deve nascer no intelecto se prendendo ao corpo, como se não houvesse outra maneira deste evento acontecer.
A subjetividade se encontra no centro do processo de adquirir conhecimento, tendo, portanto, grande importância no que diz respeito à verdade, a perfeição e, por conseguinte, o absolutismo.
Assim, a observação feita diante desta reflexão é sobre a imensa dificuldade de se chegar a uma resposta definitiva sobre os eventos do universo; pois ao que tudo indica, existem diversas maneiras de se entender assuntos variados, sendo que cada ser possui dessemelhantes formas de captar e processar informações, preservando seu status de indivíduo único e singular.
Como disse Arthur Schopenhauer: “Os eruditos são aqueles que leram nos livros; mas