CONHECIMENTO TRADICIONAL: CONCEITOS E DEFINIÇÕES
O autor começa sua obra correlacionando suas ideias a três autores: Morán (1994), Albuquerque (2006) e Diegues (2001). O primeiro afirma que nos últimos anos do século XX vivemos em constante preocupação em relação à Amazônia. Até quando a bela floresta sobreviverá? Quando se irá descobrir nesse ambiente a cura de doenças incuráveis até então? Haverá dizimação dos povos que lá habitam? O segundo relata que o nosso etnocentrismo (sentimento de cultura superior) não nos deixa reconhecer e respeitar outras culturas diferentes da qual pertencemos e que carregam ensinamentos, conhecimentos que podem ajudar tais problemas. Por fim, o terceiro diz que os especialistas das mais diversas disciplinas são forçados a cooperar entre si, por não conseguirem resolver os novos problemas complexos inerentes à vida social moderna.
O que os diversos estudos de impactos da ação humana sobre o meio ambiente nos fala é que tem de haver uma interação entre as ciências naturais e sociais e uma contribuição entre as diversas disciplinas e dos múltiplos tipos de conhecimento. Não deixando de lado o essencial envolvimento das populações locais, pois estas contêm os mais imprescindíveis conhecimentos.
Como Diegues e Arruda (2001) definem, o conhecimento tradicional é um conjunto de saberes a respeito do mundo natural e sobrenatural, transmitido via oral, em cada geração. Para que possamos entender e conhecer as ideias dos diversos povos sobre o meio ambiente, o autor relata alguns exemplos em sua obra. Como o fato de que as sociedades autônomas que vivem na Amazônia, as quais consequentemente tem uma relação íntima com a floresta, pois dependem desta para sobreviver,