Confusão no Judiciário pode favorecer bandidos
Por causa de um imbróglio jurídico, os 18 presos da Operação Frente Fria, sob acusação de participar de assaltos a caixas-eletrônicos na Grande Cuiabá, poderão ser colocados em liberdade nos próximos dias. Um deles, Rondineli Batista Furtado, de 26, já teve a prisão preventiva relaxada. Tudo por causa de uma dúvida que surgiu entre os juízes da 4ª e 15ª varas criminais da Capital. Enquanto o juiz da 4ª Vara Rondon Bassil Dower Filho entende que os crimes praticados são ações do crime organizado, e remeteu os processos para a 15ª Vara Especializada no Combate ao Crime Organizado, o titular desta, José de Arimatéia, interpretou como não sendo. O caso, então foi parar no Tribunal de Justiça para decidir onde tramitará os processos. Enquanto isso, os advogados dos réus se apressam em pedir a liberdade deles. "O juiz José de Arimatéia suscitou conflito negativo de competência e o caso foi parar no TJ. Ou seja, o juiz entendeu que não se trata de crime organizado", explicou um advogado consultado pela reportagem. Segundo a delegada Alana Cardoso, da Delegacia do Complexo do Verdão e responsável pelas investigações, do arrombamento do caixa-eletrônico instalado no prédio do Procon, sete acusados continuam presos - foram 10 autuados em flagrante. Do assalto ao Makro Atacado, estão mais cinco. "Da tentativa de assalto à agência do Banco do Brasil de Chapada dos Guimarães, são mais cinco. Temos também mais dois que são o Genésio Eufrásio, que chefiou parte desses assaltos", destacou. A lista se completa com Robson Gusmão Santana Júnior, o "Pateta", de 19, preso por porte ilegal de arma posteriormente. O esquema criminoso envolveu também os assaltos ao Edifício Milão, ao depósito da operadora Claro e da fábrica de refrigerantes Renosa,em Várzea Grande. Além de caixas-eletrônicos, os bandidos roubaram equipamentos eletroeletrônicos. A