Conforto ambiental
Podemos pensar no habitat como uma forma de defesa dos inconvenientes climáticos do meio. Sendo assim, a construção seria uma espécie de filtro a ser concebido pelo arquiteto, na tentativa de solucionar os problemas de adaptação do homem ao ambiente.
Para que essas soluções sejam acertadas, é necessário o estudo das variáveis arquitetônicas como a forma, a função, os tipos de fechamentos e os sistemas de condicionamento (climatização e iluminação). Essas variáveis interagem simultaneamente com o meio ambiente e com o homem.
4.1 - FORMA ARQUITETÔNICA
Além do desempenho das várias atividades, o habitat é também construído para a segurança dos usuários, abrigo e defesa das variações climáticas. O projeto consciente deverá buscar garantir ao edifício uma perfeita interação entre o homem e o meio em todas as escalas (urbana, arquitetônica, construtiva e imediata).
A forma interfere diretamente sobre os fluxos de ar no interior e no exterior; na quantidade de luz e calor solar recebido pelo edifício. Sendo assim uma importante variável para as condições interiores de conforto, e conseqüentemente, para o desempenho energético das edificações.
Como relação ao conforto térmico, a influência da forma arquitetônica é evidenciada em vários locais do mundo. Abaixo estão alguns exemplos:
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O traçado urbano da cidade de Marrakesh, em Marrocos, canaliza a brisa do mar para o interior da cidade. O vento quente continental é desviado pela forma do aglomerado das edificações, possibilitando o conforto na escala urbana.
O mesmo volume de espaço interior pode ter
formas diversas, apresentando
comportamentos térmicos e visuais distintos.
A forma do iglu diminui a superfície de contato com o ar exterior, minimizando perdas de calor. A cobertura altamente inclinada dos chalés das montanhas evita o acúmulo de neve e promove maior exposição aos raios