Conflitos
Segundo a BBC, na terça-feira, a Wikipédia, a enciclopédia gratuita on-line editada pelos próprios utilizadores, colocou a Crimeia como parte integrante da Rússia, mas a seguir colocou uma cor diferente no mapa desta região, o que conferente uma leitura diferente: que se trata de uma "área de estatuto especial".
"Só em março, o texto sobre a Crimeia em inglês foi editado mais de 500 vezes", refere a BBC, assinalando que em alguns idiomas, na Wikipédia, se descreve o local como a República Autónoma da Crimeia, administrada pela Ucrânia e a República da Crimeia, incorporada pela Rússia.
Esta designação pode ser consultada na versão da página da enciclopédia, por exemplo, em inglês, espanhol, holandês e sérvio.
Contudo, a Rand McNally, editora norte-americana na produção de atlas e mapas educativos, considerou que os materiais didáticos que se usam nas salas de aula norte-americanas não serão atualizados, porque o governo de Washington considera o referendo ilegal.
"Nós guiamo-nos pelo Departamento de Estado" norte-americano, disse a porta-voz da empresa, Amy Krouse, à revista U.S News & World Report.
O Presidente norte-americano, Barack Obama, aplicou várias sanções ao governo de Moscovo pela decisão de anexar a Crimeia à Rússia.
Os mapas usados por aplicativos das norte-americanas Google, Bing e Apple continuam a mostrar a Crimeia como território pertencente à Ucrânia.
"Na versão em inglês da Wikipédia, há uma página onde se discutem as edições feitas no verbete da Crimeia", que "já conta com 10 mil palavras", refere a BBC, afirmando que "o debate não parece ter uma resolução rápida".
"No início da página podia ler-se uma frase que serviria para refletir a realidade no terreno: ´o artigo é uma confusão de passado, presente e dados incorretos", refere.
Na quinta-feira, a National Geographic queixou-se de ser vítima de "desinformação" russa, após notícias postas a circular em Moscovo darem conta de que a sociedade geográfica norte-americana