Conflitos pós-descolonização da angola
No princípio dos anos 1960, três movimentos de libertação desencadearam uma luta armada contra o colonialismo português.
O governo de Portugal, recusou-se a dialogar e prosseguiu na defesa até ao limite do último grande império colonial europeu. Para África foram mobilizados centenas de milhares de soldados. Enquanto durou o conflito armado, Portugal procurou consolidar a sua presença em Angola, promovendo a realização de importantes obras públicas. A produção industrial e agrícola conheceu neste território um desenvolvimento impressionante.
Na sequência do derrube da ditadura em Portugal, abriram-se perspectivas imediatas para a independência de Angola.
A independência de Angola não foi o início da paz, mas o início de uma nova guerra aberta. Muito antes do Dia da Independência, em 11 de Novembro de 1975, já os três grupos nacionalistas que tinham combatido o colonialismo português lutavam entre si pelo controlo do país. Cada um deles era na altura apoiado por potências estrangeiras, dando ao conflito uma dimensão internacional.
A União Soviética e principalmente Cuba apoiavam o MPLA. Os cubanos não tardaram a desembarcar em Angola. A África do Sul apoiava a UNITA e invadiu Angola. O Zaire, que apoiava a FNLA, invadiu também este país.
Os EUA, que apoiaram inicialmente apenas a FNLA, não tardaram a ajudar também a UNITA. Neste caso, o apoio manteve-se até 1993. A sua estratégia foi durante muito tempo dividir Angola.
Já em 1976, as Nações Unidas reconheciam o governo do MPLA como o legítimo representante de Angola, o que não foi seguido nem pelos EUA, nem pela África do Sul.
No meio do caos que Angola se havia tornado, cerca de 800 mil portugueses abandonaram este país entre 1974 e 1976, o que agravou de forma dramática a situação econômica.
Em 27 Maio de 1977, um grupo do MPLA encabeçado por Nito Alves, desencadeou um golpe de Estado que ficou conhecido como