História- descolonização
O imperialismo na Índia encontrou uma de suas faces mais nefastas. A milenar cultura indiana sempre atraiu os ocidentais, que por longos séculos os europeus compravam produtos indianos para revender na Europa. Aos poucos os ingleses conseguiram desalojar os comerciantes locais e conquistaram o monopólio das atividades comerciais. Com a Revolução Industrial passaram a vender seus produtos têxteis dentro da Índia exaurindo as centenárias tecelagens indianas. Ao mesmo tempo os ingleses deslocaram milhões de trabalhadores para as atividades ligadas a produtos de exportação, o que levou a Índia a enfrentar grandes períodos de carestia de alimentos, matando mais de 30 milhões de pessoas. Um dos episódios mais terrificantes da história da humanidade.
Durante a Segunda Guerra Mundial vai se destacar no cenário indiano um líder pacifista que vai liderar os indianos à sua emancipação, trata-se de Mahatma Gandhi. Gandhi defendia que a independência seria alcançada pela mobilização espiritual da população, assim defendia a chamada “resistência silenciosa”, onde pregava a desobediência civil, e ao mesmo tempo, a não-violência.
Em 1947 a Índia consegue a sua emancipação, e por ocasião principalmente das diferenças religiosas, o país acaba dividido em dois estados: Índia (com maioria hindu) e Paquistão (maioria muçulmana). Essa divisão, com fronteiras discutíveis pelos dois lados, vai levar e diversos conflitos de caráter étnico-religiosos com morte de mais de 250 mil pessoas, além de uma das maiores migrações do século XX, com mais de 10 milhões de pessoas atravessando fronteiras em busca da sua identidade cultural, étnica e religiosa.
Descolonização da Angola e Moçambique
O processo de independência na região central do continente africano iniciado em finais dos anos 50 do século XX. Moçambique e Angola, duas colónias portuguesas, situadas respetivamente no Oceano Índico e no Oceano Atlântico, depois de um período de lutas de guerrilha tornaram-se