I. OS PRIMEIROS PAISES AFRICANOS INDEPENDENTES
INDEPENDENTES
Quando, no final da Idade Média, os estados da Europa começaram a descobrir a África, encontraram aí reinos ou estados, quer de feição árabe e berbere ou islamizados, no norte e ocidente daquele mesmo continente, quer habitados por populações negras pertencentes a uma variedade de grupos, principalmente ao Sul do Saara. Os primeiros contactos com estes povos não foram imediatamente de dominação, mas de carácter comercial. No entanto, os conflitos originados pela competição entre as várias potências europeias levaram no século XIX à dominação, e geralmente à destruição, reinos, processo este que culminou com a partilha do Continente Negro pelos estados europeus na Conferência de Berlim, em 1885.
No entanto, as duas grandes guerras que fustigaram a Europa durante a primeira metade do século XX deixaram aqueles países sem condições para manterem um domínio económico e militar nas suas colónias. Estes problemas, associados a um movimento independentista que tomou uma forma mais organizada na Conferência de Bandung, levou as antigas potências coloniais a negociarem a independência das colónias.
Apesar de toda a união entre os povos africanos, firmada na Conferência dos Povos da África, realizada na cidade de Acra, capital de Gana, a independência de alguns países, como a Argélia e a República Democrática do Congo, somente foi alcançada após desgastantes conflitos que se estenderam por até anos de guerra.
A. Independência das colónias francesas
Com exceção da Guiné, que votou pela independência imediata, a Costa do Marfim, o Níger, o Alto Volta e o Daomé decidiram formar a “União Sahel-Benin” e, mais tarde, o “Conselho do Entendimento”, enquanto o Senegal se unia ao “Sudão Francês” para formar a “Federação do Mali”. Estas uniões não duraram muito tempo e a França, em 1960, reconheceu a independência da maioria das sua colónias africanas.
B. A descolonização em djibouti
Djibouti foi uma das colónias francesas