Mestre
Autores: Bianca Pontes, Fernando G. Henderson, Renato H. Luz, Sândalo M. S. Bindo, Sandra Wilczak, Sônia Silveira.
O processo de formação dos Estados africanos é ao mesmo tempo muito singular e bastante diversificado. O estudo e o aprofundamento da dinâmica pela qual foram formados os Estados africanos se faz extremamente importante para a compreensão e conhecimento daquela região em uma análise política contemporânea e no âmbito das Relações Internacionais.
A divisão territorial dos países africanos se deu na (1884-85), em sua maioria, de forma arbitrária pelos colonizadores europeus. Deste modo, não se levou em consideração os povos que habitavam aqueles territórios, legando uma diversidade de “nações” ao controle político de um mesmo Estado. Não obstante, essa é a maior dificuldade encontrada para a legitimação dos governantes de alguns países, assim como uma das razões das guerras civis e movimentos migratórios descontrolados que assolam o “Continente negro”.
O processo de descolonização africana começou no final da década de 1950, mas a maior vaga de independência se deu durante a década de 1960. As colônias portuguesas só viriam a desvencilhar seus laços com a metrópole após o fim da ditadura “Salazariana”, em meados da década de 1970.
Na década de 1980, Zimbábue se torna independente, o Marrocos anexa o Saara Oriental e praticamente todos os outros países do continente já haviam obtido (certa) independência política e estavam por sua própria conta e risco. Havia ainda alguns reflexos dos processos de descolonizações como, por exemplo: a guerra civil de Angola, os golpes militares na Nigéria e a guerra pela definição de fronteiras na África do Sul.
Os últimos países a conquistar a independência no século XX foram a Namíbia (1990) e a Eritréia (1991/93) que estavam submetidas aos domínios da África do Sul e da Etiópia, respectivamente.
Neste século observou-se a última (até o momento) “reorganização” no