Conflitos na Europa
Os bascos, encravados na fronteira entre a Espanha e a França, correspondem a um povo dotado de uma cultura e língua própria. Estabelecendo um movimento nacionalista desde o século XIX, os bascos começaram organizar um movimento de emancipação durante a ditadura militar do general espanhol Francisco Franco. Durante o governo de Franco os nacionalistas bascos sofreram forte opressão, sendo proibidos de expressar qualquer traço de sua cultura.
Mediante tamanha opressão surgiu, em 1959, um movimento em prol da libertação do povo basco chamado ETA (“Pátria Basca e Liberdade”). Inicialmente buscando lutar contra a ditadura de Franco, o ETA foi desde sempre influenciado pelo socialismo. Com a queda do regime ditatorial, algumas conquistas políticas foram concedidas ao povo basco. No ano de 1979, o Tratado de Guernica concedeu algumas liberdades administrativas ao povo basco.
Agindo por meio de atentados terroristas o ETA volta e meia criava forte tensão dentro da Espanha. Ao longo de sua história, o ETA conseguiu a libertação de alguns de seus integrantes e assassinou cerca de trinta personalidades políticas.
Na década de 1990, diversos de seus líderes foram capturados pelas autoridades, o que acabou reduzindo o grupo a cerca de 200 integrantes. Mesmo assim, em 1999, alguns atentados fizeram do grupo uma ameaça à estabilidade naquela região. Em resposta, autoridades da França e da Espanha uniram-se contra os terroristas do ETA.
Em 2004, as novas eleições na Espanha e um grande atentado colocaram o ETA e a Questão Basca mais uma vez em evidência. Após a explosão de vários trens no dia 11 de março, o candidato conservador e então primeiro ministro José Maria Aznar responsabilizou o ETA pela autoria dos atentados. Mas Al Qaeda assumiu o atentado. Notando que Aznar utilizou dos atentados buscando promover sua candidatura, a população espanhola deu a vitória ao candidato socialista José Luís Zapatero.
Zapatero, que desde sua campanha se mostrou aberto ao