Conflito
É inerente à natureza humana o espírito conflituoso. Desde as épocas mais primitivas o homem precisou firmar disputas com os seus semelhantes para que pudesse sobreviver. A história é clara quando narra as lutas constantes por territórios, embaladas pela perspicácia imperialista, as catastróficas Guerras Mundiais, as discussões em torno das grandes potências... O conflito esteve sempre presente na vida das pessoas, dentro de casa, em seus relacionamentos amorosos, no trabalho, por vezes, consigo mesmo. O conflito como uma oposição de interesses, de ideias, de princípios, de pensamentos, é próprio das relações interpessoais.
E como encará-lo? O conflito deve ser encarado de forma natural e positiva, se encarado negativamente poderá tornar-se porta de entrada para discussões e brigas desafortunadas. Em contrapartida, se visto como algo benéfico resultará em um instrumento construtivo para ambas as partes que na situação “duelam”, é uma chance de conhecer outro ponto de vista, e, quiçá, pensar de forma diferente. Divergir é preciso e essencialmente saudável. O homem inserido no âmbito social diverge dos demais em seus valores, interesses e ideologias, podendo conflitar quanto às informações que nem sempre são entendidas da maneira que se deseja expressar e às circunstâncias diferentes nas quais se encontram.
Voltando ao caráter histórico do conflito é possível ver que embora presente em todas as etapas da vivência humana, seu conceito e intensidade variaram gradativamente. O homem primitivo, nômade, alimentando-se do que colhia, pescava e caçava, era, ainda, pouco numeroso. A ideia de que o espaço era ilimitado e os recursos constantemente renovados, permitia uma vivencia mais pacífica. Os conflitos quando existentes eram de pronto mediados pela comunidade. Vivia-se sob a égide de relações pouco complexas e acentuadamente horizontalizadas. Com a revolução agrícola, no entanto, o sedentarismo começou a sobrepor-se. A partir daí os mais