Conflito de Ruanda
Localizado no continente africano, Ruanda possui um território montanhoso e sem saída para o mar, fazendo fronteiras com
Burundi (ao sul), República Democrática do Congo (a oeste),
Uganda (ao norte) e Tanzânia (a leste).
O processo de dominação alemã na região que atualmente corresponde a Ruanda teve início na segunda metade do século
XIX. Com a derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial
(1914-1918), a Bélgica assumiu o controle de Ruanda.
Entretanto, com o fim da Segunda Guerra Mundial (1945), a
Organização das Nações Unidas (ONU) ficou responsável pela administração do país africano. A independência nacional só foi
Ruanda é um país marcado pelos conflitos entre dois grupos étnicos: hutus
(90% da população) e tutsis (9%). Durante o processo de colonização feito pela Bélgica, os tutsis, mesmo sendo minoria, foram os escolhidos pelo poder colonial para governar o país. A maioria hutu ficou excluída do processo socioeconômico. No entanto, em 1959, os hutus se revoltaram com a condição em que estavam e assumiram o poder em 1961. Esse fato proporcionou o início da perseguição aos tutsis, que se agravou em 1994 com a morte dos presidentes de Ruanda e Burundi. Conforme dados da ONU, o genocídio no país provocou a morte de aproximadamente 1 milhão de ruandeses, sendo que 90% das vítimas eram de origem tutsi.
Além dos constantes conflitos étnicos, os habitantes sofrem com vários problemas socioeconômicos. Mais de 57% dos ruandeses vivem abaixo da linha de pobreza, ou seja, com menos de 1,25 dólar por dia; a subnutrição atinge 40% da população; a taxa de mortalidade infantil é de 97 óbitos a cada mil nascidos vivos; o índice de analfabetismo é de 35% e os serviços de saneamento ambiental são proporcionados para apenas 22% das residências.
A economia nacional é pouco desenvolvida, sendo a agricultura responsável por empregar a maioria dos habitantes – 90% da força de trabalho. Os principais cultivos são: banana,
mandioca,