Configurando a rede manualmente - Linux
Configurando a rede no Linux
Carlos E. Morimoto
28/03/2008
Como vimos, existem diversas ferramentas gráficas de configuração da rede, que você pode usar de acordo com a distribuição. Mesmo assim, nenhuma ferramenta é à prova de falhas. Erros diversos podem ocorrer, lhe obrigando a corrigir o problema manualmente.
Além de ser um trunfo na hora de solucionar problemas, entender a configuração manual do sistema lhe dá uma flexibilidade muito maior na hora de criar configurações personalizadas ou pouco comuns, ou ainda na hora de configurar servidores dedicados, sem ambiente gráfico.
O utilitário básico para configurar a rede é o ifconfig. Ele suporta um grande número de opções, mas o comando básico para ativar a rede é:
# ifconfig eth0 192.168.1.2 netmask 255.255.255.0 up
Este comando configura o endereço IP e a máscara de sub-rede para a interface especificada (a "eth0" no exemplo) e o "up" serve para ativar a interface, caso ela esteja inativa.
No Linux, as placas Ethernet cabeadas recebem nomes como "eth0" (primeira placa), "eth1" (segunda placa), "eth2" (terceira placa) e assim por diante. No caso das placas wireless, o nome muda de acordo com o modelo e com o driver usado. Placas configuradas através do ndiswrapper são identificadas como "wlan0", placas com chipset Ralink como "ra0" e placas com chipset Intel como "eth1", da mesma forma que uma placa cabeada. Em caso de dúvida, você pode verificar como as placas de rede foram detectadas pelo sistema usando os comandos:
# cat /proc/net/dev
(mostra todas as interfaces)
# cat /proc/net/wireless
(mostra apenas as placas wireless)
Além das interfaces de rede, o comando "cat /proc/net/dev" mostra também interfaces virtuais, como a lo (a interface de loopback) e a sit0, que é uma interface virtual, usada pelo protocolo IPV6 para encapsular pacotes IPV4 quando necessário. Se você usa o VMware, a lista incluirá também a interface vmnet8, que é usada para permitir