Condição pós moderna lyotard
Condição PósModerna, na Perspectiva de Lyotard
A reflexão de Jean-François Lyotard sobre a condição pós-moderna surgiu no momento em que se solidificava na sociedade contemporânea uma cultura técnico-cibernética e informacional. Ao denominar o mundo contemporâneo de “pós-moderno”, o teórico defendeu a incredulidade nos metarrelatos como consequência do progresso das ciências.
Em Lyotard, a Pós-Modernidade configura-se como um estado da cultura, posterior às transformações que afetaram não somente as ciências, mas, também, a literatura, as artes e, sobretudo, os paradigmas do conhecimento e a organização da vida no Ocidente. Em vista disso, encontramos na Pós-Modernidade a idade chamada “Pós-Industrial”, que, entre outras coisas, favoreceu o esfacelamento dos paradigmas modernos e a instalação de uma nova maneira de as coisas se estabelecerem. Daí a convicção lyotardiana de que o saber é o grande meio de modificação da sociedade.
O pós-moderno, enquanto condição cultural, caracteriza-se pela incredulidade nos metadiscursos e respectivas pretensões universalizantes. Nesse contexto, são postas em relevo as esferas, cibernético-informática e informacional. Assim, a condição pós-moderna legitima-se ao transcender a Modernidade, para estabelecer uma nova síntese do todo que rodeia o ser humano.
A investigação de Lyotard sobre a condição pós-moderna é “um escrito de circunstâncias, [...] uma exposição sobre o saber nas sociedades mais desenvolvidas, proposto ao Conselho das Universidades junto ao Governo de Quebec, a pedido de seu presidente” (LYOTARD, 2000, p. xvii). Após a Segunda Guerra, os avanços tecnológicos passaram a dar novos rumos para o estatuto do saber moderno. Com essas significativas mudanças, a possibilidade de um saber universal (metarrelatos) não encontra mais fundamentação, uma vez que o conhecimento se fragmentou em razão de questões informacionais. Instalou-se, portanto, um novo cenário, ao