condiçoes da ação humana
A primeira condicionante da ação humana é o livre-arbítrio pois é um facto da nossa experiência. Surge como condição e só assim podemos falar sobre ação intencional e é devido a esta condicionante que podemos atribuir culpas, recompensas e punições ao agente. O livre-arbítrio constitui uma espécie de atmosfera conceptual. Se negarmos a existência do livre-arbítrio teremos de achar estranho a nossa preocupação com as coisas mas a discussão sobre o livre-arbítrio vai mais longe do que nos pode garantir a experiência no quotidiano. Seja como for a nossa liberdade não é absoluta, trata-se sim numa liberdade situada e condicionada, ou seja, a escolha de várias alternativas possíveis. Designamos as condicionantes da ação humana, todo o conjunto de constrangimentos e obstáculos que impõem limites ás ações. À vários condicionantes em ter em conta relativas ás dimensões biológicas, psicológicas e culturais.
O património genético que os seres humanos herdam dos seus progenitores determina um conjunto de condicionantes das suas acções. A estrutura biológica de cada um, assim como a sua relação com o meio condiciona aquilo que ele quer fazer.
A personalidade e características psicológicas temperamento de cada um também condicionam a sua acção assim como os seus estados psicológicos temporários como a tristeza e depressão.
A época histórica e o meio sócio-cultural influenciam as nossas decisões. Através do processo de socialização cada ser humano apreende e interioriza os elementos da cultura a que pertence: linguagem, valores, regra, crenças, formas de sentir, de ser e de estar.
Concluindo as nossas ações são sempre determinadas por causas que nos transcendem e sobre as quais não temos qualquer poder. A liberdade é pois uma ilusão. Não sou eu que escolho, mas um conjunto de circunstâncias que escolhem por mim. Apesar de reconhecermos todas estas influências, temos igualmente que admitir que o homem possui sempre alguma