A Condição Humana
Hannah Arendt, filósofa e pensadora política, nasceu em 1906. Foi aluna de Heidegger, Husserl e Karl Jaspers. Doutorou-se com uma tese sobre o conceito de amor em Santo Agostinho. Embora sua obra seja basicamente uma grande reflexão sobre a teoria e a prática políticas do nosso tempo, a filosofia subjaz a toda a ela.
PRÓLOGO
A autora inicia a apresentação do livro citando dois eventos marcantes que surgiram através dos avanços científicos. O primeiro é o satélite artificial que foi enviado ao céu em 1957, ano anterior a publicação do livro, alguns acreditavam ser esse o primeiro passo para a libertação do homem da Terra. Porém a autora discorda dizendo que a Terra é a quintessência da condição humana, só ela oferece condições para que o homem viva sem esforço nem artifício. O outro evento citado é o surgimento da automação que tem como discurso a libertação da humanidade do seu fardo mais antigo e mais natural, o fardo do trabalho e da sujeição á necessidade. O que na verdade veio para tornar a sociedade em uma sociedade operária.
A ciência que, segundo Hannah, parece motivada por “uma rebelião contra a existência humana tal como nos foi dada” também pretende criar o homem artificial. A autora questiona sobre o direcionamento está sendo dado ao conhecimento. De acordo com ela os cientistas habitam em um mundo em que as palavras perderam o seu poder. E tudo que os homens fazem, sabem ou experimentam só tem sentido na medida em que pode ser discutido. Se o divórcio entre o conhecimento e o pensamento for real passaremos a ser escravos das criações da ciência.
O livro propõe “uma reconsideração da condição humana á luz de nossas mais novas experiências e nossos temores mais recentes”. O tema do livro é: “o que estamos fazendo”, diz a autora.
CAPÍTULO 1- A CONDIÇÃO HUMANA
A Vita Activa e a Condição Humana A expressão vita