Economia
Este trabalho versa acerca do capítulo 1 – A Condição Humana – do livro homônimo, da filósofa Hannah Arendt. O texto que contemplamos é a edição brasileira, que conta com tradução de Roberto Raposo e revisão técnica do Prof. Adriano Correia. O primeiro capítulo trata da vida ativa e está dividido em três tópicos. No item um, Arendt trabalha a relação entre vita activa e condição humana. No item dois, discute a vita activa a partir de uma análise do termo. No item três, procura ressaltar a oposição entre vida ativa e vida contemplativa, a partir da distinção que faz entre imortalidade e eternidade. No desenvolvimento do presente texto, iremos seguir a ordem perfilhada no próprio capítulo. Passemos a abordar a questão concernente à relação entre vida ativa e condição humana. 2. Desenvolvimento 2.1. Vita activa Por vida ativa ela entende a atividade humana apresentada sob uma tríplice divisão: trabalho, obra e ação. Escolhe estas três atividades, por melhor corresponderem às condições básicas pela qual a vida foi dada ao homem sobre a terra. O trabalho é uma atividade que se tornou uma necessidade vital para o homem, ou seja, a ele estão ligados os fatores que tornam possível a sobrevivência do homem até o seu natural declínio: o crescimento espontâneo e o metabolismo. A condição para o trabalho nasce com a vida, a qual exige que supramos certas necessidades orgânicas e fisiológicas para que nos mantenhamos vivos. A obra é uma atividade que transcende o que é naturalmente dado. Ela consiste na capacidade de o homem construir um mundo artificial, ou seja, um mundo que transcenda o ambiente natural em que ele vive. Por meio da obra, o homem modifica o mundo e o ambiente 4 em que se encontra. Ele se torna artífice de um mundo que lhe é próprio. E é por isso que a condição humana para a obra é o fato mesmo de estarmos no mundo, a “mudanidade”. A ação é a ação propriamente política, porque é a única que, sem a mediação das coisas, coloca os homens