Concurso
Minha trajetória
Depois de uma aventura em empreendedorismo, que me deu ótimas experiências e nenhum dinheiro, procurei por oportunidades na iniciativa privada em Brasília na área de TI. Não encontrei nada que fosse minimamente interessante e remunerasse bem. Logo percebi que as boas oportunidades estavam mesmo no Serviço Público. Minha carreira de concurseiro foi relativamente breve, porém muito intensa. Foram 1194.9 horas líquidas de estudo (eu cronometrei!), além do tempo de aula de alguns cursos que fiz1. Fiz três provas: ANATEL, ANAC e BACEN. Só me inscrevi em concursos para os quais eu realmente queria passar e em que eu tinha alguma chance. Eu, particularmente, não via muito valor em pagar uma inscrição cara e fazer uma prova em que eu tinha certeza de que não passaria (será que é possível passar no TCU sem ter estudado D. Administrativo, D. Constitucional, Controle Externo e Governança TI ?). Acredito que o meu bom desempenho no concurso do Banco Central se deve principalmente ao fato de eu ser uma pessoa de muita sorte. Não a sorte de ter chutado2 alternativas corretas, mas a de poder ter me dedicado integralmente aos estudos sem qualquer outro tipo de preocupação, de ter podido comprar todos os livros e cursos que eu julgasse úteis, de ter feito um bom curso de graduação e de ter tido apoio total da família. As dificuldades de quem estuda para concurso e precisa trabalhar para sustentar a família devem ser infinitamente maiores das por que passei. Essas pessoas sim são verdadeiras guerreiras da vida. Eu apenas aproveitei bem as oportunidades que me foram dadas.
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Fiz cursos presenciais de direito penal, direito