Concreto protendido
Principio de protensão:
Antes de abordar a protensão no concreto propriamente, pode-se ilustrar o principio de protensão através de alguns exemplos clássicos bastantes significativos:
Livros
Para transportar uma fila de livros aplicam-se forças horizontais comprimindo-os uns contra os outros, conseguindo-se, assim, mobilizar forças de atrito entre eles, bem como forças verticais nas extremidades, o que permite transportá-los.
Barril:
Um barril de madeira é um caso típico de estrutura protendida. Seus “gomos” são ligados por aros metálicos. A compressão produzida pelos aros se opõe às tensões causadas pela pressão interna proveniente do líquido contido em seu interior, garantindo a estanqueidade da estrutura.
Roda de carroça
Uma roda de carroça é um outro exemplo de estrutura protendida. Ela é constituída de diversas peças de madeira encaixadas entre si, ao redor da qual é colocado um aro metálico, que tem por finalidade proteger as peças de madeira como também solidarizá-las. No momento de sua colocação o aro metálico é aquecido, aumentando seu diâmetro, o qual, após resfriar, sofre redução, introduzindo uma protensão à estrutura.
Fica evidente, portanto, que a protensão pode ser aplicada aos mais diversos tipos de estruturas e materiais.
Pfeil (1824) propõe a seguinte definição: “ Protensão é um artifício que consiste em introduzir numa estrutura um estado prévio de tensões capaz de melhorar sua resistência ou seu comportamento, sob diversas condições de carga”. Graças ao artifício de protensão é possível empregar grandes variedades de sistemas estruturais com o processo construtivo, que não seriam possíveis com o concreto armado. Uma vez que o concreto protendido apresenta várias vantagens em relação ao concreto armado convencional. Entre elas podemos enumerar: Seções de concreto menores, conduzindo a estruturas mais esbeltas. Menores consumos de armaduras. Menor deformabilidade da estrutura.