Concreto Protendido
1 - INTRODUÇÃO
Durante muito tempo a protensão de vigas foi tratado como um material distinto do concreto armado. A utilização de armaduras protendidas em estruturas de concreto se consagrou no Brasil, nas últimas décadas, como técnica construtiva. Esse fato pode ser comprovado através do grande número de obras civis realizadas, desde silos e tanques, passando por pontes e viadutos, até edifícios de todos os tipos, incluindo obras com mais de 40 anos. Atualmente existe uma tendência de unificar os dois temas, pois a teoria do Concreto Armado convencional é totalmente válida para o Concreto Protendido, tão somente acrescida dos aspectos peculiares da introdução da protensão e respectivas armaduras ativas. No Brasil, a ABNT está trabalhando numa nova norma para estruturas de concreto armado e protendido, que substituirá as antigas NBR 6118 (Projeto e Execução de Obras de Concreto Armado) e NBR 7197 (Projeto de Estruturas de Concreto Protendido).
2 - DESENVOLVIMENTO
O concreto resiste bem à compressão, mas não tão bem à tração. Normalmente a resistência à tração do concreto é da ordem de 10% da resistência à compressão do concreto. Devido à baixa capacidade de resistir à tração, fissuras de flexão aparecem para níveis de carregamentos baixos. Como forma de maximizar a utilização da resistência à compressão e minimizar ou até eliminar as fissuras geradas pelo carregamento, surgiu a idéia de se aplicar um conjunto de esforços auto-equilibrados na estrutura, surgindo aí o termo protensão. Tecnicamente o concreto protendido é um tipo de concreto armado no qual a armadura ativa sofre um pré-alongamento, gerando um sistema auto-equilibrado de esforços (tração no aço e compressão no concreto). Essa é a diferença essencial entre concreto protendido e armado. Deste modo o elemento protendido apresenta melhor desempenho perante as cargas externas de serviço. O concreto