concreto celular
Desde a sua invenção, em meados do século XIX, a tecnologia do concreto teve grande desenvolvimento, devido principalmente à evolução das técnicas de produção, a evolução da instrumentação e ao desenvolvimento de novos materiais, dentre os quais destacam-se aditivos redutores de água e minerais, que promoveram melhorias na resistência mecânica e durabilidade dos concretos.
Os estudos dos concretos podem ser classificados em duas linhas de pesquisa: os "concretos de alto desempenho - CAD", cuja resistência à compressão chega a mais de 100 MPa aos 28 dias, e os "concretos leves estruturais - CLE". A união das vantagens desses concretos resultou em um novo objeto de estudo, os "concretos leves de alto desempenho - CLAD". Existe uma tendência mundial, baseada em critérios econômicos e técnicos, favorável ao uso do CLAD para fins estruturais e de vedação na construção civil, especialmente com a utilização da tecnologia dos pré-fabricados.
Dentre os concretos leves, com massa específica entre 400 e 1800 kg/m³, destaca-se o "concreto celular espumoso", um concreto leve obtido pela adição de um agente incorporador de ar (espuma) à argamassa de cimento, o qual exploraremos melhor seu conceito e suas características a seguir.
2. CONCRETO CELULAR
Os concretos leves e celulares são diferenciados dos concretos convencionais pela redução da massa específica e alterações das propriedades térmicas e acústicas. Entretanto, essas não são as únicas características importantes que justificam a atenção especial aos concretos celulares. A utilização de agregados leves também ocasiona mudanças significativas em outras importantes propriedades dos concretos, como trabalhabilidade, resistência mecânica, módulo de deformação, retração e fluência, além da redução da espessura da zona de transição entre o agregado e a matriz de cimento.
2.1. Conceito e Definição
Utiliza-se usualmente a designação de concreto celular ou concreto leve para identificar