Concorrência perfeita x imperfeita
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As críticas às premissas da teoria da concorrência perfeita e suas estruturas de mercado baseadas em produto homogêneo, simetria de informações sobre natureza de produtos vendidos e preços de cada firma, a livre entrada e saída do mercado pelas firmas além do conceito de formação de preço no mercado em que as firmas assumem esse preço e não podem influenciá-lo de forma isolada são muitas. As primeiras discussões sobre a teoria da concorrência imperfeita nos remete aos textos de Piero Sraffa que já observava a não possibilidade da teoria da concorrência perfeita explicar o mundo como ele é, além do modelo apresentar inconsistências formais. As primeiras críticas ao modelo de concorrência perfeita recaem sobre um de seus principais conceitos, o de que os preços são formados no mercado. Segundo esta teoria, há um número grande de pequenas firmas que são "take price", ou seja, tomadoras de preço, o qual é formulado no mercado graças às demandas e ofertas realizadas. Assim, o preço de determinado produto não pode ser alterado de acordo com a política de preços de uma empresa. Sraffa põe em discussão o poder de determinada empresa influenciar e alterar o preço de determinado produto no mercado afirmando que um produtor pode sim influenciar o preço de mercado. Outro ponto que ele destaca é a questão das curvas de custos de cada produtor, onde ele afirma que ao contrário da teoria prevalecente as curvas de custos não são crescentes. Conforme a experiência, na maioria das firmas as curvas de custos são decrescentes, de forma oposta ao previsto na teoria vigente até então, ou seja, os ganhos internos de escala são incompatíveis com o modelo de concorrência perfeita, porém se observa no mundo real muitas firmas produzindo com economias de escala. No mundo real o preço não é igual ao custo marginal. Até então, a economia neoclássica se situava entre a existência de mercados perfeitos e a de monopólios puros. Tão logo Sraffa faz as primeiras críticas ao modelo de