Conclusão
Aula-tema 06: A sedução da Narrativa
O cinema é um ótimo exemplo de linguagem narrativa sincrética. O sincretismo acontece quando há junção de muitas linguagens ou pontos de vista. Você já deve ter ouvido falar em sincretismo religioso. Falamos que há sincretismo religioso quando há o encontro, isto é, a junção de muitas crenças em uma mesma cultura. No caso da narrativa fílmica, dizemos que ela é sincrética porque reúne linguagens variadas (visuais, verbais e sonoras, ou seja, verbais e não verbais).
Por combinar tantas linguagens, a narrativa fílmica é altamente sedutora e dá ensejo a múltiplas formas de análise. Existem muitas teorias para analisar a narrativa fílmica. Entre elas, podemos citar:
Divisão por unidades narrativas ou dramáticas: apresentação, complicação e solução. Em resumo: um problema é apresentado. No segundo ato, complica-se ou intensifica-se. No terceiro, é resolvido.
Quadro Semiótico de Greimas: A estrutura baseia-se na relação entre os actantes. Porém, o que é um actante? Nas novelas, filmes e livros, normalmente há um protagonista que persegue um objetivo. Esse personagem conta com outros, que o ajudam, e com um antagonista, que o atrapalha. Podemos dizer que o protagonista é o sujeito, um actante. O antagonista é o opositor, outro actante.
Os actantes são:
Sujeito (o protagonista, que realiza a ação);
Objeto (o que o sujeito persegue);
Opositor (o antagonista, que se opõe à ação do protagonista);
Doador (personagem de hierarquia superior que ajuda o sujeito);
Destinatário (quem é auxiliado pelo sujeito) e
Adjuvante (personagens que ajudam o sujeito).
Nas novelas, filmes e livros normalmente há um protagonista que persegue um objetivo. O protagonista conta com personagens que o ajudam e com um antagonista que o atrapalha. No caso do famoso conto “Cinderela”, Cinderela é o sujeito. O objeto é o baile; a madrasta e suas filhas, as opositoras; a fada madrinha é a doadora; os adjuvantes, as pombinhas que a