concepção de criança, infância e linguagens
Centro de Ciências da Educação
Curso de Licenciatura em Pedagogia
Linguagem, Escrita e Criança
Lilane Maria de Moura Chagas
Aluna: Liana Zenita de Sousa Turma: 03308
Concepção de Criança, Infância e Linguagens
Tanto a concepção de criança quanto a de infância, assim como a construção de qualquer conceito subjetivo, são elaboradas a partir da visão de mundo de uma sociedade, sendo assim um produto histórico e cultural (FRANCO, 2006). Portanto, não há como elaborar um só conceito sobre o que seja criança e infância. Estas concepções se modificam de acordo com o tempo e o espaço.
Até o final da Idade Média, a sociedade não identificava a infância como um período de vida próprio dos homens, pois a criança era classificada como um “adulto em miniatura”. À vista disso, a maneira de se vestir, as conversas, os jogos e o trabalho realizado pelas crianças não a diferenciava do “mundo” dos adultos. A partir da Idade Moderna, iniciaram-se algumas rupturas em relação às formas como as pessoas enxergavam, cuidavam e se relacionavam com as crianças. As concepções sobre a criança modificaram-se profundamente no passar do século XVIII, consequência de um longo processo social. Se anteriormente a criança era reconhecida e titulada como um “adulto em miniatura”, nesse momento histórico ela é percebida com um ser especifico. De acordo com Áries (1981, p. 278),
A família moderna retirou da vida comum não apenas as crianças, mas uma grande parte do tempo e da preocupação dos adultos. Ela correspondeu a uma necessidade de intimidade, e também de identidade: os membros da família se unem pelo sentimento, o costume e o gênero de vida.
A concepção de infância vai sendo transformada assim que a sociedade passa a enxerga-la como um individuo que pertence à mesma, que está incorporada em sua cultura e tem sua própria voz. Isto porque que a compreensão de infância está unida à cultura em que vivemos, a sociedade que os