Conceitos Psicanalíticos
Inicialmente a teoria psicanalítica de Sigmund Freud pode ser descrita como um olhar sobre a mente humana como um aparelho psíquico. (ZIMERMAN, 1999) Desta forma a concepção de mente humana para Freud será válida, uma vez que para outras correntes psicológicas a mente nem existe, ou nem abordada é, ou o que se prioriza são as relações humanas e a existência. No caso do fundador da psicanálise não, ele fala de um psiquismo sim, e ainda mais coloca tudo dentro do aparelho psíquico e do funcionamento psíquico.
1. PRINCÍPIOS DO PSIQUISMO O funcionamento psíquico para Freud vale-se muito do termo princípio, ou seja, um ponto de partida. (ZIMERMAN, 1999) São diversos princípios, mas neste trabalho somente dois serão analisados. São eles: princípio do prazer e da realidade.
1.1. PRINCÍPIO DO PRAZER O princípio do prazer é um norteador do ser humano que se orienta pelo prazer imediato. Não há ser humano que não o tenha ou o deixe de ter, mas a sua maior freqüência geralmente é utilizada por pessoas com psiquismo mais primitivo ou que possam estar no meio de uma crise neurótica ou outra, uma vez que este princípio é regido pelo prazer pronto e imediato sem grandes reflexões, descarregando tudo que incomoda o psiquismo, diminuindo a tensão energética, uma vez que para Freud a mente humana tem pulsões, ou seja, energia psíquica em movimento. “O princípio do prazer alude essencialmente ao significado de que a catéxis pulsional demanda uma gratificação imediata, sem minimamente levar em conta a realidade exterior. O melhor exemplo disto é a formulação de Freud sobre a ‘satisfação alucinatória dos desejos’, pela qual o bebê substitui o seio falante pela sucção do seu próprio polegar. Outros exemplos equivalentes, nos estados adultos, podem ser os que constituem os devaneios, fantasias inconscientes, crenças ilusórias, produções delirantes, impulsividade, etc.” (ZIMERMAN, 1999, p. 78) Nota-se que este princípio é