Conceito de marketing
Antes da Segunda Guerra Mundial, em sua maioria os bens e serviços eram desenvolvidos e oferecidos sem que se pensasse muito no cliente. A idéia inovadora de um engenheiro era transformada em um produto que, logo em seguida, era passado a um vendedor para vendê-lo. Em alguns casos havia a necessidade de produto, mas, na maioria das vezes, cabia ao pessoal de vendas criar tanto a necessidade quanto executar as vendas. A ênfase recaía sobre o produto que estava sendo ofertado e as necessidades da empresa que o oferecia, e não sobre as necessidades daquele que o estava comprando, não se levava em consideração o que o cliente queria de verdade. Após a guerra, a produção dos tempos de paz passou a identificar a necessidade de satisfazer os desejos do consumidor, os quais haviam negligenciados em conseqüência das necessidades militares. Em função da grande capacidade de produção das empresas, principalmente em países que se desenvolveram com grande intensidade na guerra, a indústria aumentou também a produção de bens. Entretanto, com o aumento da oferta de bens e das empresas concorrentes, os velhos conceitos e métodos já não serviam mais também à indústria. Os consumidores passaram a ter escolha maior de produtos e os fabricantes constataram que somente poderiam lucrar se levassem em consideração, antes de tudo, as necessidades e desejos do consumidor.
Desse modo, por imposição do próprio consumidor, muitas empresas foram forçadas a mudar sua filosofia de atuação. Inicialmente pensou-se na obtenção do lucro como objetivo final da empresa através de volumes maiores de vendas, onde os meios eram os métodos de vendas e de promoção e o produto em si, o elemento enfatizado.
Em seguida, o lucro passou a ser obtido não mais em função do volume de vendas, mas através da satisfação das necessidades do consumidor, onde todas as áreas ou setores da empresa atuavam de forma integrada para satisfazer da melhor maneira possível o consumidor daquele produto