conceito de belo
Escola de Belas Artes
Matéria: Estética I
Professor: Murillo Mendes
Conceito do Belo segundo Platão e a possibilidade de aplicá-lo à Arte Contemporânea
A lógica de Platão aponta paraduas direções: o mundo das idéias, num plano superior, do conhecimento, que é, ao mesmo tempo, absoluto e estático; a outra direção segue para o mundo das coisas, dos humanos. Este, de aparênciasensível, é constituído pela imitação de um ideal concebido no mundo das idéias: portanto, num processo de cópia.
Como podemos então definir a beleza? Entre inúmeras reflexões que podem ser feitas, podemosnos referir ao pensamento Platônico acerca do belo. No séc. IV a.C., o pensador já questionava o que hoje em dia ainda nos perguntamos. Segundo ele a arte consistia apenas na imitação de coisas belas,ou seja, o artista seria apenas um simples mortal que ganha sua vida imitando aquilo que já existe. Para ele as representações materiais do belo compartilhavam da beleza absoluta, entidade queexistia no mundo das idéias e era, portanto, universal e se manifestava na proporção, na simetria, na medida e na harmonia das partes em relação com o todo. Proporções e simetria ligavam a beleza com o bem,enquanto o belo revelava o ser e era ligado também à verdade.
Para Platão, o belo é o bem, a verdade, a perfeição; existe em si mesma, apartada do mundo sensível, residindo, portanto, no mundo dasidéias. A idéia suprema da beleza pode determinar o que seja mais ou menos belo. Em O banquete, Platão define o amor como a junção de duas partes que se completam, constituindo um ser andrógino que,em seu caminhar giratório, perpetua a existência humana. Esse ser, que só existe no mundo das idéias platônico, confere à sua natureza e forma uma espécie peculiar de beleza: a beleza da completude, dotodo indissociável, e não uma beleza que simplesmente imita a natureza. Assim, temos em Platão, uma concepção de belo que se afasta da interferência e da participação do juízo