Comércio na alemanha
O comércio de mercadorias entre o Brasil e a Alemanha apresentou, em 2002, duas características principais, que serão examinadas em seguida: 1) a concentração das pautas de exportação e importação; e 2) a estratégia da empresa transnacional.
3.1 - A concentração da pauta de exportações
Esse item examina a concentração da pauta das exportações brasileiras segundo as mercadorias e as empresas exportadoras, e destaca dois dos principais produtos exportados para a Alemanha: o minério de ferro e a soja.
3.1.1 - A concentração da pauta de exportação para a Alemanha, segundo as mercadorias
Apenas sete capítulos da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM, que englobam basicamente minérios, aparelhos e instrumentos mecânicos, sementes e frutos oleaginosos, resíduos alimentares, café, chá, mate e especiarias, carnes e fumo, responderam por 68,97% das exportações brasileiras destinadas à Alemanha, em 2002. Os três principais foram o capítulo 26 (minérios), que participou com 12,81%; o capítulo 84 (aparelhos e instrumentos mecânicos), com 12,80%; e o capítulo 12 (sementes e frutos oleaginosos – soja), com 11,40% (Tabela 7). A seguir são apresentadas informações sobre dois desses principais produtos exportados:
a) minério de ferro
A oferta brasileira do minério tem vantagem comparativa no mercado devido ao teor do minério de ferro brasileiro. Com efeito, a Cia. Vale do Rio Doce é a segunda empresa no "ranking" mundial de mais baixo custo por tonelada (a primeira é a Rio Tinto), mas a qualidade do teor de minério de ferro brasileiro a coloca em primeiro num "rank" de menor custo por unidade de ferro.
b) soja
A estratégia das transnacionais que atuam no mercado de grãos e a maior produtividade da soja brasileira comparativamente à americana causaram a significativa participação do produto (NCM 1201) nas exportações brasileiras para Alemanha, que atingiu 11,31%. A estratégia das transnacionais é baseada