Comunidades quilombolas
Considerando a formação histórica do Brasil, nota-se que as diferenças raciais traduziram-se em desigualdade de direitos e papéis sociais, no qual o homem branco quase sempre representou o papel de comando enquanto o negro representava o de subordinado. É difícil olhar o presente sem considerar aspectos passados, já que o processo histórico é imprescindível para a visão crítica da atualidade. Dessa forma foi elaborado um breve relato sobre o Quilombo Rio dos Macacos. O Quilombo Rio dos Macacos, localizado na cidade de Simões Filho, uma das mais antigas comunidade quilombola, onde vivem cerca de 70 famílias a mais de 150 anos, preservando os costumes dos seus antepassados. A comunidade continuou ao longo de todos esses anos vivendo e cuidando de suas respectivas famílias a partir da prática de agricultura e pecuária de subsistência. A comunidade fabrica artesanalmente utensílios domésticos como gamelas, pilões e colheres-de-pau. Usam as palhas de licuri e cipós para fabricação de abanos, chapéus de palha e peneiras. Além do artesanato permanecem também a tradição cultural, como a presença de parteiras e rezadeiras na localidade. As comidas típicas como a maniçoba, caruru, lelê, crueira de farinha, manifestações como samba-de-roda fazem a diversão da comunidade. Com a doação das terras quilombolas para a Marinha do Brasil pela prefeitura de Salvador, a comunidade virou palco de uma disputa territorial entre as famílias remanescentes e a Marinha. A luta das famílias pela permanência no território, tem provocado batalhas, onde ocorre constantemente a violação dos direitos dos mesmos, em todas dimensões, culturais, históricas, políticas e sociais. A comunidade é impedida de ter criações de animais e de plantar, comprometendo assim de forma significativa seu sustento. A comunidade também é impedida de circular por seu território, não podendo assim seus