Comunicação interpessoal
Tradução : Suzana R. de Senna
A comunicação humana tem duas facetas : falar e escutar. Geralmente se pensa que é mais importante o falar, já que este parece ser o lado ativo da comunicação, enquanto que o escutar costuma ser considerado como passivo. Supõe-se que se alguém fala suficientemente bem (forte e claro), será bem escutado. A partir dessa interpretação, o escutar geralmente se dá por resolvido e raramente é examinado como um assunto problemático. No entanto, um novo sentido comum acerca da importância da escuta está emergindo. As pessoas estão começando a aceitar que escutam mal. Reconhecem que, freqüentemente, lhes é impossível escutar o que os outros dizem e que têm dificuldades em fazer-se escutar da forma que desejariam. Esse fenômeno ocorre em todos os domínios de nossas vidas. Por exemplo, em nossas relações pessoais, o tema da escuta converteu-se numa preocupação importante. Freqüentemente escutamos a queixa : “ Meu cônjuge não me escuta.” Sem dúvida, a comunicação inefectiva é uma das principais causas de divórcio. Quando as pessoas falam de “incompatibilidade” com seu cônjuge, é o escutar, novamente, o que está no centro de suas preocupações. No campo dos negócios, o escutar efetivo chegou a adquirir a máxima prioridade. Peter Drucker, escreveu recentemente em um livro: “muitos (executivos) pensam que são maravilhosos com as pessoas porque falam bem. Não se dão conta de que ser maravilhosos com as pessoas significa escutar bem” 1 Tom Peters enfatiza que uma das principais razões do baixo rendimento do management norte-americano é devido ao fato de que o manager não escuta a seus empregados, nem a seus clientes, nem o que está acontecendo no mercado. Peters recomenda “obsedar-se com a escuta” 2 O problema, certamente, reside no como fazê-lo, no que consiste saber escutar. Sustentamos que, enquanto mantivermos nosso tradicional