COMUNICAÇÃO, HEGEMONIA E CONTRA-HEGEMONIA: A CONTRIBUIÇÃO TEÓRICA DE GRAMSCI

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COMUNICAÇÃO, HEGEMONIA E CONTRA-HEGEMONIA: A CONTRIBUIÇÃO

TEÓRICA DE GRAMSCI

Dênis de Moraes analisa como os meios de comunicação atuais detém o papel

central de formação ideológica, baseando-se nas teses de Gramsci sobre a imprensa.

Hegemonia cultural e poder

Hegemonia:

– conquista do consenso e da liderança cultural e político-ideológica de uma classe ou

bloco de classes sobre as outras.

- obtida e consolidada em lutas de questões vinculadas à estrutura econômica e

à organização política, e, no plano ético-cultural, ligada à expressão de saberes,

práticas, modos de representação e modelos de autoridade que querem legitimar-se e

universalizar-se.

- contrato social de normas morais e regras de conduta, crenças e sentimentos.

- preparada por uma classe que lidera grupos sociais criando uma vontade coletiva, a

“consciência operosa da necessidade histórica”

Uma direção ético-política eficiente não depende somente da força material que

o poder confere. Deve ser alcançada também através de estratégias de argumentação e

persuasão.

Guido Liguori (2003, p. 181) diz que “a plena explicitação da função

hegemônica só ocorre quando a classe que chegar ao poder se torna Estado: o Estado

serve-lhe tanto para ser dirigente quanto para ser dominante”.

Gramsci distingue duas esferas no interior das superestruturas: sociedade civil

e sociedade política, que se diferenciam pelas funções que exercem na organização da

vida cotidiana e, mais especificamente, na reprodução das relações de poder.

1ª) Sociedade Política – “aparelho de coerção estatal que assegura ‘legalmente’ a

disciplina dos grupos que não ‘consentem’.

É o conjunto de mecanismos através dos quais a classe dominante detém o monopólio

legal da repressão e da violência, e que se identifica com os aparelhos de coerção sob

controle dos grupos burocráticos unidos às forças armadas e policiais e à aplicação das

leis.

2ª)

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