comprimido
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Tecnologia de Produção de Comprimidos
Ricardo P Moisés
.
H
á mais de cem anos um inglês desenvolveu um meio de administrar medicamentos na forma de comprimidos.
Naquele tempo o processo era artesanal, mas científico, e com facilidade agradou os pacientes, pois mascarava, ou reduzia de maneira considerável sabores, quando comparados aos métodos de elaboração tradicionais. Cientistas e pesquisadores se interessaram e novas vantagens foram sendo identificadas no desenvolvimento e na produção de medicamentos na forma de comprimidos. Entre as novidades estava que fármacos preparados na forma sólida mantinham por maior tempo certas características de preservação
(estabilidade) e liberação do fármaco, e permitiam uma produção em certa escala, alterando as indicações de prescrição, reduzindo a necessidade do retorno do paciente e aumentando os intervalos de administração.
Obviamente estes aspectos assumiram relevância e de alguma forma contribuíram no desenvolvimento da sociedade moderna. Hoje a administração na forma de comprimido é a mais freqüente e aceita pela população.
Uma das presenças profissionais mais influentes na minha carreira e que tem larga
experiência na produção de sólidos dizia humildemente que não sabia fazer um comprimido, querendo demonstrar, e me convencer, o quanto complexo seria este aprendizado. Este ponto de vista era compartilhado por muitos estudiosos que, com apoio financeiro de grandes empresas, passaram a desenvolver excipientes e princípios ativos modificados, com características físico-químicas específicas
(granulometria, densidade, fluidez e reatividade, por exemplo), e de custo adequado para a fabricação de medicamentos sólidos, criando vantagens relacionadas à facilidade de mistura, homogeneidade, estabilidade e reprodutibilidade de processo. Paralelamente, novas tecnologias de produção (para os processos de identificação de materiais, de pesagem, de