o menino
Podemos afirmar que todos os personagens passaram por estágios de desenvolvimento psicossocial:
Confiança e desconfiança, autonomia, dúvidas e vergonhas, iniciativa, culpa, inferioridade, identidade e confusão de identidade, intimidade e isolamento, integridade e desespero e generatividade e estagnação.
Elsa, esposa de Ralf, acredita que o regime nazista melhorou a vida dos alemães e promete um bom futuro, mas não aceita que o preço de um futuro melhor seja o extermínio de judeus – quando descobre e existência dos campos de extermínio e que seu marido dirige um, vai perdendo o viço, deprime-se e rejeita o marido, mas, diante da possibilidade de se mudar do campo, recupera o viço e aceita a possibilidade de simplesmente esquecer a questão, se puder viver longe daquilo que a lembre.
A mãe de Ralf é totalmente contrária ao regime, mas silencia para sobreviver, mas não é capaz de esquecer, diferentemente de Elsa, mesmo se está longe das consequências mortais do regime. Assim, transfere para o filho a sua repulsa ao regime, pois o vê como alguém que efetivamente adere aos seus ideais e consequências práticas. Embora não seja mostrado, o filme sugere que a mãe de Ralf definha de tristeza e frustração – tal como Elsa, inicialmente – e acaba por morrer, sem querer ver o filho, que, pragmaticamente, promove um sepultamento com “honras nazistas” para sua mãe, chocando a sensibilidade volátil de Elsa.
O pai de Ralf sempre o apóia e fica orgulhoso com os progressos e promoções que seu filho teve por meio da nova ordem nazista, tentando contrabalançar afetivamente a rejeição que Ralf sofre de sua mãe.
Gretel, filha mais velha de Ralf e Elsa, está no início da puberdade. Depois da mudança para o campo, flerta com o tenente Kurt Kotler e, enquanto por meio dele conhece e aceita, sem culpa, o sistema concentracionista contra os “inimigos da nação ariana”, é escolarizada pelo professor Liszt, junto com seu irmão Bruno, nos termos da educação