Compras
Martha Verçosa
SÃO PAULO - Todos os dias as empresas se deparam com todo o tipo de dificuldade, obstáculos e desafios na condução de seus negócios. Dois aspectos fundamentais que impactam diretamente o resultado da empresa são a forma como elas vendem e a forma como elas compram.
Hoje, eu quero falar da transformação da área de Compras de centro de geração custos para centro de geração de lucro.
A TRANSFORMAÇÃO DE COMPRAS
Na década de 80 a área de Compras tinha um papel operacional, burocrático, de “emissora de ordens de Compras”. Via de regra, era conduzida por um coordenador ou, no máximo, um gerente de nível médio e reportava-se à manufatura, à área administrativa ou finanças.
Nos anos 90 a área ganhou forte orientação a processos e passou a ser percebida pelas empresas como área de “suporte”. Nessa época era comum Compras se reportar à área financeira da empresa e ser liderada por um gerente senior.
Em ambos os casos a área era classificada como “centro de custo” e, como tal, forte candidata à cortes sempre que as empresas sentiam necessidade de reduzi-los. Esse era um erro muito comum: sem conhecer sua verdadeira contribuição, as empresas reduziam o quadro de pessoal da área como forma de reduzir custos e, dessa forma, matavam a “galinha dos ovos de ouro”, pois acabavam reduzindo sua própria capacidade de reduzir seus custos totais.
Mais recentemente as empresas descobriram o caráter estratégico da área de Compras e a importância de sua contribuição para o resultado da empresa: longe de ser operacional ou de suporte, a área de Compras é uma área comercial, de negociação e geradora de LUCRO.
Estudos internacionais (CAPS Research) comprovam que, na média, as empresas gastam em compras de produtos e serviços de terceiros o equivalente a 42% de seus faturamentos.
Pesquisa, sobre Melhores Práticas em Compras, conduzida pelo Conselho Brasileiro dos Executivos de Compras, apurou que, no Brasil,