Complexo rural, cafeeiro e agroindustrial
Complexo rural – O complexo rural tem base na economia natural, caracterizada pela produção agrícola para exportação e também para a produção de bens de consumo para a população local. Assim, sua dinâmica era determinada pelas flutuações do comércio exterior. Neste processo a divisão social do trabalho era incipiente pois as atividades desenvolvidas só tinham valor de uso, não destinando-a ao mercado. Assim, todo o processo produtivo era de base artesanal e internalizado nas fazendas. A produção do café foi muito importante para o fortalecimento da industrialização no Brasil em substituição às importações. Após a crise de 1929 a agricultura paulista se diversifica influenciada pela queda das exportações que, combinado à capacidade de importação faz-se necessária a constante desvalorização cambial e controle do mercado de divisas, vindo a favorecer assim, a industrialização.
Complexo cafeeiro – Ganhou impulso a partir de 1850 com a proibição do tráfico negreiro e implantação da Lei de Terras (alterando a força de trabalho), intensificando-se após a grande crise de 1929, com o aumento do mercado interno, e se consolidando nos anos 50 com a internalização do setor industrial produtor de bens de capital e insumos básicos.
Com a proibição do tráfico negreiro, desenvolvendo-se um novo regime de trabalho. Substituiu-se a mão de obra escrava pelo trabalhador livre. Surge também o colonato – incorporação das unidades familiares de imigrantes. Desenvolve-se a divisão social do trabalho, e o mercado interno. Neste sentido, o colono também é caracterizado como trabalhador assalariado temporário (na época da colheita), que vende o excedente da produção familiar para o mercado regional. A especialização (divisão social do trabalho) ainda era incipiente pois a produção ainda era internalizada. Porém, o