Complexo De EDIPO
OBSERVAÇÕES A PARTIR DE HAMLET1
Mauricio Rodrigues de Souza2
Universidade Federal do Pará - UFPA
Este artigo se constitui como um exercício de compreensão do Complexo de Édipo em Psicanálise. Neste sentido, além de traçar o desenvolvimento do conceito na obra de Freud, adota a história de Hamlet como um recurso ilustrativo para evidenciar, por meio da arte, as possíveis manifestações do fenômeno edipiano. Em termos conclusivos, evidencia ainda as possíveis inter-relações entre a Psicanálise e o contexto da tragédia.
Descritores: Psicanálise. Complexo de Édipo. Hamlet. Tragédia.
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presente trabalho se constitui fundamentalmente como um exercício de compreensão do complexo de Édipo em Psicanálise. Com isso, detém pelo menos dois objetivos maiores: caracterizar este conceito em seus princípios básicos e, ainda, traçar um breve perfil da sua evolução ao longo da obra de Freud. De maneira a tentar viabilizar esta tarefa – fornecendo um quadro o mais “palpável” possível da descoberta freudiana –, optamos aqui, além da revisão bibliográfica, pela utilização de outro recurso metodológico, qual seja, a análise de um neurótico famoso: Hamlet.
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Este trabalho foi desenvolvido como pré-requisito à conclusão do curso Fundamentos da Psicanálise e sua Prática Clínica, oferecido pelo Instituto Sedes Sapientiae - SP e ministrado pelo Professor Antonio Geraldo de Abreu Filho, ao longo do ano letivo de
2004. Cabe aqui um agradecimento ao professor citado, bem como aos demais colegas de sala de aula, pelos debates e sugestões de idéias, que aparecem aqui, em maior ou menor escala.
Docente do Departamento de Psicologia Social e Escolar da Universidade Federal do Pará, doutorando em Psicologia Experimental no Instituto de Psicologia - USP e bolsista do CNPq. Endereço para correspondência: Trav. Timbó, 1568/105, Bairro da
Pedreira. CEP 66085-654 - Belém, Pará. Endereço eletrônico: mrodri@usp.br