Complexação

Complexos são espécies químicas formadas por um íon metálico no centro de uma estrutura geométrica, ao redor do qual se dispõem moléculas ou íons denominados ligantes. A fórmula química dos complexos é, tradicionalmente, colocada entre colchetes. Ligante é um íon ou molécula, com pelo menos um par de elétrons não compartilhado, ou seja, que não está sendo usado em uma ligação química. Os ligantes simples, como a água ou o ânion cloreto só formam uma ligação com o átomo central e por isso se chamam monodentados. A molécula ou íon pode até conter vários pares disponíveis, mas apenas um pode ser efetivamente utilizado. Alguns ligantes são capazes de formar múltiplas ligações de coordenação, são os polidentados. Estes podem ser bidentados, tridentados ou hexadentados. Os complexos formados por ligantes polidentados recebem o nome particular de quelatos. Para explicar a formação de complexos metálicos é necessário analisar a distribuição de elétrons nos átomos das moléculas. Para tal, são utilizadas a teoria de ligação de valência e a teoria dos orbitas moleculares. Teoria de Ligação de Valência: desenvolvida por Linus Pauling, a teoria considera que átomos em moléculas se comportam como se estivessem isolados, exceto para átomos que possuem elétrons de sua camada de valência dentro da camada externa de outro átomo do mesmo complexo. Teoria de Orbitais Moleculares: descreve precisamente a interação dos átomos que compõe uma molécula e a distribuição dos elétrons dentro dos átomos. Além disso, assume que uma nova série de orbitais é criada quando ocorre a interação de átomos durante a formação da ligação. Assim como a distribuição de elétrons nas moléculas é importante, também é necessário analisar a interação de ligantes com o íon central, para isso recorremos à teoria do campo de ligantes. Teoria do Campo de Ligantes: verifica o efeito dos ligantes sobre os orbitais “d” do íon metálico e estabelece uma teoria unificada para