Competencias transversais para o oficio de aluno
Elizabeth Teixeira
RESUMO
O artigo discute o conceito de ofício de aluno em uma perspectiva multidimensional, destacando que tanto uma dimensão de conteúdo quanto uma acadêmica precisam ser consideradas por professores e alunos. Destaca algumas experiências em universidades estrangeiras no desenvolvimento das competências transversais e convida educandos, educadores e a própria universidade a se voltarem para a questão.
INTRODUÇÃO
O objetivo deste artigo é discutir o ofício de aluno com base em uma concepção multidimensional, ou seja, uma concepção que se materializa a partir de uma dimensão de conteúdo e de uma outra acadêmica. Dessa discussão, partimos para uma reflexão sobre as competências transversais para esse ofício, com base em algumas experiências concretas em programas para o desenvolvimento de hábitos de estudo. A metodologia acadêmica, nesse contexto, emerge como uma estratégia e uma via de desenvolvimento das habilidades que um aluno deve ter para dar conta tanto de sua formação técnico-profissional como ético-científica. Por acreditar nessa premissa, trago a questão para crítica e avaliação entre educadores e educandos.
PALAVRAS - CHAVE: metodologia acadêmica, ofício de aluno.
OFÍCIO DE ALUNO: PROPONDO QUESTÕES PARA ESTUDO
Acredito que podemos falar de um ofício de aluno. Ser aluno é ser um trabalhador, é ter tarefas e horários a cumprir, é ser supervisionado, orientado e avaliado pelos mais experientes, é prestar conta de deveres e também ter direitos.
Do ponto de vista semântico, a palavra ofício remete-nos à ocupação e a trabalho. Quanto ao ofício de professor, não há, atualmente, mais dúvidas, e o debate está na ordem do dia. Mas, e quanto ao ofício de aluno, o que há por dizer?
Continuando o primeiro ponto de vista, o semântico, a palavra ofício remete-nos à ocupação, de caráter permanente, que nos possibilita